28 de setembro de 2016

Deixem me explicar...


                                     

Um pouco de erudição nunca fez mal a ninguém…

No Alentejo, “cabaço” ou “cabaça” é a casca de um tipo de abóbora que, depois de retirado o interior e devidamente seca, serve para transportar líquidos. No calão alentejano também se refere a alguém com pouco miolo: “O gaiato é um cabacito”…
Mas, se baixarmos o nível, o interesse aumenta…
No Brasil, “cabaço” é o termo utilizado para referir um infeliz que nunca tenha “afogado o ganso” e também usado para referir, entre a rapaziada, o hímen feminino, do género: “Ei cára, viu aquela moça ontem aí com eu?! Fui lhi tjirá o cabacinho!”…
Mas aqui não (!), por isso vamos lá esquecer a vertente badalhoca do termo/palavra. Aqui “Cabaço” é alguém que tenha um comportamento de tal modo parvo e sem nexo, quase surreal, que normalmente origina momentos hilariantes e dos quais nunca ninguém se esquece. Ou seja, é alguém que tenha um vaipe momentâneo/espontâneo, ou então que tenha a cabeça mais vazia que um prédio abandonado, ou mais cheia que um dia de arraial…
Todos temos um cabacinho algures dentro de nós à espera de uma oportunidade. Agora já existe um cantinho onde tudo pode ficar registado…

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