29 de setembro de 2016

"Nunca se sabe"



Então e eu? Quem sou eu?

É uma boa pergunta que se ainda não surgiu, certamente vai acabar por surgir. Digamos que ainda não me sinto à vontade para este passo...
O que vocês precisam de saber é que não sou apenas eu, somos uns quantos parvos que devido ao uso excessivo da palavra "cabaço" fez com que este belo e poético termo estivesse presente em muitos momentos épicos.
Nunca se sabe... não vá eu um dia descansadinho a passear na minha avestruz pela rua Augusta e levar com uma "Poképiça" qualquer por ser confundido com um "Duoduo"  e acordar numa daquelas naves com seres alienígenas que, segundo os testemunhos dos "Alien-men's" do National Geographic, estão sempre nus e violam as pessoas até perderem a memoria!
Ao menos agora sei que posso estar tranquilo que se isso acontecer este rabinho pode repousar enquanto relembro esta cabacisse de todo o tamanho.

28 de setembro de 2016

Deixem me explicar...


                                     

Um pouco de erudição nunca fez mal a ninguém…

No Alentejo, “cabaço” ou “cabaça” é a casca de um tipo de abóbora que, depois de retirado o interior e devidamente seca, serve para transportar líquidos. No calão alentejano também se refere a alguém com pouco miolo: “O gaiato é um cabacito”…
Mas, se baixarmos o nível, o interesse aumenta…
No Brasil, “cabaço” é o termo utilizado para referir um infeliz que nunca tenha “afogado o ganso” e também usado para referir, entre a rapaziada, o hímen feminino, do género: “Ei cára, viu aquela moça ontem aí com eu?! Fui lhi tjirá o cabacinho!”…
Mas aqui não (!), por isso vamos lá esquecer a vertente badalhoca do termo/palavra. Aqui “Cabaço” é alguém que tenha um comportamento de tal modo parvo e sem nexo, quase surreal, que normalmente origina momentos hilariantes e dos quais nunca ninguém se esquece. Ou seja, é alguém que tenha um vaipe momentâneo/espontâneo, ou então que tenha a cabeça mais vazia que um prédio abandonado, ou mais cheia que um dia de arraial…
Todos temos um cabacinho algures dentro de nós à espera de uma oportunidade. Agora já existe um cantinho onde tudo pode ficar registado…